"Preta, preta, pretinha..."

Nó na garganta. Uma dor inexplicável no peito. Lágrimas nos olhos só de lembrar. Mãos trêmulas. Pernas fracas. Nada me chama a atenção. Nada consegue me divertir da mesma maneira que antes. Vontade de ficar só. Vontade de embarcar junto. Vontade de não deixá-la embarcar. Vontade de fazer um escândalo pra que ela entenda que o melhor que ela tem a fazer, pelo menos pra mim, é ficar aqui. Vontade de ficar trancada no quarto olhando fotos, relembrando momentos e, conseqüentemente, se jogando num poço sem fundo.
Dor. Muita dor.
Acordar todo o resto dos dias da minha vida sabendo que eu não vou receber um telefonema dela, não vou ouvir dela os piores palavrões e os arrotos homéricos, passa a ser uma tortura pra mim. Dá vontade de nunca mais acordar... É. Talvez seja essa a solução mesmo. Nunca mais acordar. Ou se isso for sonho, que acorde logo!
Pela primeira vez nos últimos anos vejo como é a minha vida sem a Marina. Adianto que não estou gostando nada do que vejo. Cadê a cor? Cadê a diversão? Cadê o encantamento? Cadê a graça? Cadê a alegria? Cadê a inteligência? Cadê a beleza? Cadê a vida? Sei que ela volta e que, com o passar do tempo, esse sentimento fica mais suportável. Entretanto, é exatamente assim que vejo a vida agora: preta e branca, chata, careta, sem graça, triste, burra, feia e, principalmente, morta.
Uma amiga-irmã?! Não. Ela consegue ser muito mais que isso. Há três semanas tínhamos planos juntas. Hoje, é ela lá e eu aqui. Aqueles olhos apertadinhos eu já não verei diariamente. A única pessoa que conheci que conseguia combinar verde com laranja, já não está mais tão perto de mim. Fazer o que, né... O tempo vai passando e as vidas das pessoas vão tomando rumos diferentes. O problema é que as nossas estavam tão entrelaçadas que eu achei que isso não aconteceria conosco.
Nada mais a fazer, só me resta desejar muita sorte nesse novo caminho que ela começa a trilhar nas “terras de além mar”. Só desejo sorte porque eu tenho ciência do quão enriquecedora será essa estada em Portugal. A minha vontade mesmo era que ficasses. Desejo sorte e faço um pedido: volta logo, Marina! Não deixa a minha vida mais sóbria do que ela já está.

“Assim vou lhe chamar,
assim você vai ser
Preta, preta, pretinha...”

6 comentários:

Anônimo disse...

Ai Tay... =õ/
Fiquei triste, tritinha agora... =/
Só quero mesmo que ela seja mt feliz e tenha mt sucesso..
q o tempo passe rapido e a gente possa matar essa saudade q jah eh tão grande!

A farofada continua, amiga...
é preservar essa amizade mais e mais!
te amo!
Te amo, Mah! Que saudade amiga! =~~

Anônimo disse...

Nusss
esse post acabou comigo
chorei pacas..senti praticamente as dores..realmente é sempre tao dificil...
mas amizade de verdade..resiste a isso tudo..

;****
tinhamuu meu anjo
força na peruca

Anônimo disse...

(...)
preciso dizer alguma coisa????

Dóoooi...

Anônimo disse...

...

Anônimo disse...

....

Sabe quando tu vais pasasndo os olhos pelas palavras e...elas não te dizem nada?

Quando tu vais lendo e o coração diminui de dor, uma dor "boa", mas ainda assim, uma dor?

...

Eu que já sofri tantas distancias, já vi tanta gente indo e voltando para a minah vida, passo por isso, mais uma vez...E o sentimento é ínico, é sempre angustiante, sempre quase inaceitável, uma renúncia...

....

Eras, a Mariana é o tipo de pessoas que ilumina, que conforta, que acalma, que alegra, que colore, que completa, que estimula, mas briga, cede, tem ciúme, uma companheirona.

[ ]

Esse é o que simbolicamente ela deixou para todos nós que AMAMOS de alguma forma.

=/

Anônimo disse...

opsssssssss, A MARINA! Como posso ter escrito errado o nome?